Ela acendeu um cigarro, e saiu andando pela rua fria de pessoas e pensamentos. Uma garota que por fora mostrava ser bonita e decidida, mas por dentro era perdida e entristecida. A cada passo que dava, seu coração pulava. Ela lembrava de quando foi feliz, das tardes de outono que passava com seu namorado, e dos poemas românticos que dedicava ao seu grande amor. Agora não tinha mais volta, ela havia entrado no buraco escuro e imundo da solidão; Terminou com seu namorado, não respondia os telefonemas de quem a amava e só enxergava tristeza por onde andava. A estas horas que me pergunto: aonde estão aqueles que diziam ser meus amigos. ''Ainda estou a procura de alguém para me tirar daqui ''. A menina só pensava em ir para casa, em voltar ao passado, e sentir o doce perfume das flores de seu jardim. Seu coração estava quebrado, e não sabias porque. Mas como voltar ao passado perdido? seria como procurar uma agulha no palheiro. Então a menina, entristecida, abriu sua bolsa e viu seu diário empoeirado lá no fundo. Resolveu sentar na calçada vazia, e ler. Ela viajou em seus pensamentos, e através deles voltou onde tudo era mais feliz. Imaginou sua casa, e sua mãe de braços abertos a espera-la. Porém, quando abriu os olhos tudo, era igual. Acabou a esperança. Lagrimas escorriam de seu rosto, e assim a menina começou a pensar com o coração e não com o cérebro. E quando abriu os olhos novamente lá estava ela, na porta de sua casa.
Pétala Cormann.
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